“De ovo virado”, Confúcio compara seus gastos com os de Cassol

Sempre discreto e ponderado, o governador Confúcio Moura (PMDB) reuniu seu secretariado esta semana e falou grosso. O mandatário anunciou uma série de medidas de austeridade para tornar mais eficientes a ação de secretaria e órgãos ligados à sua administração.
Disposto a cortar gastos, o peemedebista lembrou: “Estamos diante de uma crise internacional e temos que nos preparar para a queda na arrecadação, que certamente acontecerá após a conclusão das usinas do rio Madeira”, disse, referindo-se ao complexo hidrelétrico bilionário, que vitaminou nos últimos anos a economia da capital, mas que já está na fase final.
O governador determinou que seu primeiro escalão adote estratégias para reduzir despesas. Das contas de celular às diárias, passando pelo uso de veículo oficiais, tudo foi cobrado, conforme revelou com exclusividade um servidor de Ji-Paraná, ouvido pelo FOLHA DO SUL ON LINE.
Mas, a maior surpresa da reunião, segundo a fonte do site, foi a comparação feita pelo próprio Confúcio com seu antecessor no cargo, o hoje senador Ivo Cassol (PP).
Brandindo um levantamento feito pela Controladoria Geral de Apoio à Governadoria (CGAG), o mandatário disse ao secretariado que, enquanto Cassol “torrava” mais de R$ 60 mil por mês para a manutenção da casa em que morava na capital, suas despesas são de R$ 1.200,00. O governador também comparou os gastos de viagem feitos por ele com os de Cassol: o senador, segundo os números mostrados por Confúcio, usava “milhões” em passagens aéreas, enquanto a previsão feita para seus deslocamentos é de R$ 100 mil por ano.