Jornalista admite assessorar prefeito, mas nega fraude em pesquisas eleitorais
Comandando há 14 anos o Instituto Rondoniense de Pesquisa e Estatística (IRPE), empresa já consolidada no segmento de sondagens eleitorais, o jornalista Dejanir Haverroth tem sido colocado no meio do fogo cruzado da campanha. Criticado por candidatos que vão mal nas pesquisas realizadas nos últimos dias, Dejanir se defende: “É natural que ajam assim quando os números não lhes favorecem, mas acontece a cada eleição, então, já estou acostumado”, argumenta.
Dejanir admite que faz pesquisas para consumo interno e dá consultorias a grupos políticos, mas garante que jamais adulterou resultados para beneficiar seus contratantes. Em Vilhena, por exemplo, o IRPE abastece com levantamentos a cada dez dias o QG do prefeito Zé Rover (PP). Coincidentemente, os números apurados por Haverroth dão larga vantagem ao mandatário. Mas o pesquisador jura: “O Rover jamais me pediu para fraudar resultados. E mesmo que pedisse, eu jamais faria uma coisa dessas. É o nome que está em jogo”.
De acordo como vilhenense, seu trabalho é feito em cerca de 40 cidades em quatro Estados: Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Acre. Dejanir diz que está publicando a maioria das pesquisas na revista que criou para mostrar seu trabalho. A única estratégia que o comunicador admite utilizar é exatamente a veiculação dos dados. “Quando o candidato que contrata a pesquisa não está bem, pede para que os resultados não sejam publicados”, explica, lembrando que, assim como o Ibope, seu mais famoso “concorrente”, também assessora políticos, mas não deixa que essa proximidade afete seu trabalho.
Fonte: FS
Autor: Da redação