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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Indústria e Comércio

20/11/2012 10:02:50

Liberada desde 2009, usina não sai do papel e rende falatório em Cerejeiras

A possível instalação de uma usina de álcool no município de Cerejeiras tem levantado discussões acaloradas. Dentre as questões levantadas estão, entre outras coisas, a viabilidade econômica da indústria, os entraves ambientais evolvidos e a importância do empreendimento para o desenvolvimento do município.
Numa reportagem do jornal FOLHA DO SUL EM julho deste ano, os representantes do escritório que representa o grupo empresarial que pretende instalar a usina no município afirmaram que não há nenhum entrave ambiental para a implantação da indústria nem referente às lavouras de cana que irá abastecê-la. Ao jornal, os representantes da usina disseram que o único problema enfrentado pelo grupo é o financiamento. “Nosso problema é conseguir financiamento. Só isso”, disse um dos representantes.
Na reportagem de julho, Antônio Bruno Cesário, um dos funcionários do escritório que representa a usina em Cerejeiras, afirmou que a lei que restringe a implantação de usina de cana no Bioma amazônico (que seria a mais séria restrição ambiental para a instalação da usina no município) é de 2010 e o projeto da usina é de 2009 – anterior à existência da lei. “A nossa indústria já foi liberada desde 2009”, afirmou na época. A lei federal que proíbe a cultura de cana na Amazônia Legal é o decreto nº 6.961/09, que aborda o zoneamento ecológico para o setor sucroalcooleiro.
Já para um gestor ambiental ouvido na sexta-feira, 9, disse  ao FOLHA DO SUL ON LINE que, realmente, não há entrave ambiental para a instalação da usina. Mas ele adverte que acredita que a indústria será instalada não para gerar renda em si, mas para ser vendida posteriormente. “Acredito que essa usina será implantada para ser feito com ela como são feitos com os frigoríficos no Estado. Ou seja, monta-se e depois vende. O grupo que vier a comprar pode até mesmo escolher fechá-la novamente”, afirma o gestor.
O gestor ambiental afirma ainda que esse modelo de negócio, criar uma indústria no intento de vendê-la ocorreu muito em Rondônia com os frigoríficos. “Foram construídos oito frigoríficos no Estado e todos os oito foram vendidos para um grupo empresarial somente. Algumas destas indústrias de carnes foram até fechadas pelo grupo comprador para não haver concorrência”, afirma.





Fonte: FS
Autor: Rildo Costa

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