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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Vilhena

20/03/2013 16:51:46

Reportagem mostra barbaridades cometidas em redações por alunos do Cone Sul

O jornal “O Globo” publicou, com autorização do Ministério da Educação, o MEC, algumas redações de alunos que conseguiram a maior pontuação no último Exame Nacional de Ensino Médio, o Enem. Os resultados foram considerados alarmantes pela maioria dos brasileiros.
O FOLHA DO SUL ON LINE também decidiu fazer um pequeno teste na região interiorana do Cone Sul. A reportagem pediu a uma professora de língua portuguesa que mostrasse algumas redações de alunos do ensino médio. Com a condição de anonimato quanto ao nome da docente, da escola e dos alunos, o site publica agora o resultado da pesquisa.
A professora tinha pedido aos alunos uma redação sobre a mulher, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. O aluno faria a redação em casa, como tarefa de fim de semana.
Na segunda-feira seguinte (que deu no dia 18), os alunos entregaram seus textos à educadora. A surpresa da reportagem foi grande ao ver os resultados das provas. Duas redações, de duas adolescentes que não têm intimidade, são exatamente iguais, até nas vírgulas. “As duas copiaram o texto da internet, com certeza”, disse a professora.
Já outro aluno, de 18 anos, entregou um texto sobre doenças que atacam a mulher. O texto era tão complexo que somente um profissional de saúde poderia escrevê-lo. “O hábito de fumo constante e ininterrupto pode, também, causar nódulos malignos, devido à nicotina e o monóxido de carbono contido no tabaco”, dizia uma frase da redação do adolescente. A conclusão da professora foi de que este texto também veio da internet.
Mas também houve alunos que, ao que os textos indicam, escreveram eles mesmos as redações. Uma aluna, num desabafo pessoal, escreveu que “a tiroide incomoda muito. É como a minha, que eu tenho”. Havia vários erros no texto, de ortografia a sintaxe, mas pelo menos parecia haver ideias autênticas da aluna no texto.
Uma das redações, entretanto, foi até um tanto cômica. Um aluno de 16 anos, ao escrever a redação (FOTO), afirmou: “A mulher foi uma das melhores criações de Deus, depois de nós, homens”.
Na avaliação da educadora, os textos “errados”, mas autênticos recebem notas melhores que os “corretos”, mas que se mostram produtos de um plágio. Além disso, a professora afirma que o conceito de certo e errado vai além de escrever da forma formal ou coloquial. “O texto deve ser avaliado como um todo. O conjunto das ideias, o raciocínio desenvolvido, o domínio da gramática, as propostas apresentadas. Não é apenas avaliar se escreveu certo ou errado. Às vezes um texto que não esteja dentro dos padrões cultos da gramática tem mais informações relevantes que um texto considerado correto”, afirma.





Fonte: FS
Autor: Rildo Costa

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