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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Política

30/04/2009 18:30:04

PREFEITO DE CABIXI DIZ QUE ESTÁ SENDO ALVO

A recente cassação do prefeito de Cabixi, José do Rozário Barroso, o Bau (PR), decidida pelo Tribunal regional Eleitoral, está provocando uma verdadeira guerra na cidade. De um lado, a oposição comemora a decisão, mas ao mesmo tempo nega ter ligação com o caso. De outro lado, os partidários de Bau se revoltam com a vitória dos adversários “no tapetão”.

Em entrevista exclusiva à FOLHA, concedida esta semana, o prefeito cassado argumenta que vai buscar liminar junto ao próprio TRE para se manter no cargo. Bau também desmente os adversários, que estariam espalhando entre o eleitorado de Cabixi a informação (falsa) de que sua condenação se dera por corrupção. “Antes de mais nada, vou procurar mostrar ao nosso povo que o PT e o DEM estão por trás de tudo isso”, desabafa Bau, que possui fotos do momento em que os adversários acompanhavam a votação no TRE.

Indignado pelo fato de estar sendo caluniado pelos opositores, o prefeito Cabixiense desafia: “Mesmo que haja uma nova eleição, vencemos com folga, pois a população não aceita esse tipo de baixaria, de quem não conseguiu vencer nas urnas e levou a decisão para os tribunais, inclusive recorrendo a mentiras”.

ENTENDA O CASO – Políticos do DEM e do PT de Cabixi tentam tomar o mandato de Bau desde que saiu o resultado das eleições de 2008. A primeira tentativa não deu certo, pois o juiz de Colorado do Oeste, Acir Teixeira Grécia considerou frágeis os argumentos apresentados contra o mandatário.

A acusação de petistas e democratas é de que o médico João Batista de Lima, que chegou a ser oficializado como candidato a vice de Bau, mas depois renunciou, teria cometido abusos durante a campanha. Os opositores do prefeito alegam que Lima teria ameaçado deixar Cabixi caso a oposição ganhasse as eleições. O juiz coloradense argumentou,em sua decisão, que a simples ameaça do médico não seria suficiente para alterar o resultado do pleito.

A questão chegou ao TRE e os desembargadores resolveram modificar a sentença de primeira instância, reconhecendo que houve, de fato, abuso de poder político e econômico. Bau não concorda e diz que vai levar o caso até a última instância: “Seria uma irresponsabilidade de minha parte entregar a cidade nas mãos de pessoas que, mesmo que sejam preparadas, não conseguiriam manter o nosso ritmo de trabalho. Por isso, vou buscar uma liminar para continuar trabalhando até que o TSE reverta a situação, o que tenho certeza de que vai acontecer”. O prefeito argumenta que uma eventual manutenção da decisão, afastando-o definitivamente, vai trazer uma série de transtornos para a cidade. “É quase certo que, se eu for mesmo cassado de vez, a prefeitura vai deixar de obter quase 2 milhões de reais em convênios e repasses”, diz o republicano, que já obteve a promessa de seu secretariado de deixar o poder junto com ele se a decisão de afastamento for mantida pelo TSE.

 





Fonte: Folha do Sul
Autor: Dimas Ferreira

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