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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Geral

20/07/2013 03:58:55

Acusado de coautoria em homicídio em 2001 é condenado a 14 anos de prisão

O julgamento realizado na manhã desta sexta-feira, 19, durou quase quatro horas e marcou o retorno ao tribunal do júri do defensor público José Francisco Candido depois de dois anos a frente da defensoria estadual. 

 

Também foi marcado pelo ciclo que encerrou: nesta sexta-feira foi julgada a última das cinco pessoas envolvidas no assassinato do Jovem Fernando Milani, morto na madrugada do dia 29 de junho 2001, quando tinha apenas 21 anos.

 

Jaconias Ventura Luciano foi condenado a 14 anos de prisão pela coautoria do homicídio que chocou a população pela frieza com que foi cometido.

 

Seguno consta no inquérito, na época do crime Jaconias e outros dois envolvidos: Roberto e Sérgio, já condenados, moravam na cidade de Ouro Preto do Oeste e vieram a Vilhena para passar o final de semana com amigos. Um desses amigos era Clebes Paganini Teixeira, homicida de Fernando.

 

O trio se juntou a Clebes e um quinto jovem de nome Ronaldo, teriam passado a tarde e a noite da véspera do homicídio bebendo e festando pela cidade. Em meio a folia, Jaconias teria exibido um revolver aos amigos. A arma seria usada mais tarde para tirar a vida do jovem Fernando. 

 

Na madrugada, o quinteto estava na casa noturna Terraçu’s, no centro de Vilhena. Um esbarrão entre Fernando e um dos amigos causou a queda da lata de cerveja que o rapaz tinha na mão. Uma confusão se armou e agressões físicas e verbais foram trocadas, mas a situação foi controlada por seguranças do local. No entanto, Jaconias e os amigos, bem como Fernando a namorada e um amigo do casal, também continuaram no ambiente.

 

Cerca de duas horas depois da discussão, o casal e o amigo saíram da boate e foram abordados na frente do estabelecimento. Com a arma na mão, Clebes ordenou que Fernando entrasse no veículo. Em menor número e sob a ameaça da arma, o rapaz obedeceu.

 

Da boate o veículo seguiu rumo ao Jardim Primavera, e parou na Avenida 38, próximo a BR 174, que liga Vilhena a cidade mato-grossense de Juína.

 

Segundo narrativa do promotor de justiça João Paulo Lopes, durante todo o trajeto, Fernando estivera sempre sob a ameaça da arma.   Quando o veículo parou, a vítima foi obrigada a descer do carro e ordenada que se deitasse no chão de bruços. Ele foi morto com um tiro na parte de traz da cabeça.

 

O julgamento durou quase quatro horas e teve réplica da promotoria e tréplica da defensoria. Ambas as partes buscavam convencer aos jurados de que suas teses defendidas eram as mais corretas. 

 

O debate entre a defesa e acusação se concentrou em uma atenuante apresentada ao júri que considerava menor a participação de Jaconias no crime. Também foram apresentadas três qualificadoras: motivação torpe, motivação fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Defesa e acusação pediram ao júri a desconsideração da qualificadora de motivação fútil. 

 

Já passava do meio dia quando o juiz Fabrizio Amorim de Menezes leu a decisão por maioria do júri, que refutou a atenuante e acatou as qualificadoras condenando o réu, que foi sentenciado a 14 anos de reclusão, a ser cumprido inicialmente em regime fechado.  O juiz determinou a emissão de mandado de prisão contra Jaconias.

 






Fonte: FS
Autor: Rogério Perucci

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