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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Esportes

21/08/2013 17:42:23

Futebol em declínio: apenas um clube se inscreveu para o Rondoniense 2ª Divisão

Quem acompanha o esporte no estado sabe das dificuldades e limitações enfrentadas tanto pelos atletas, tendo em vista a precariedade das praças esportivas, quanto pelas pessoas à frente de agremiações e entidades voltadas ao esporte que não conseguem apoio dos governantes, tampouco o patrocínio da iniciativa privada, salvo raras exceções.

E até o futebol, considerado paixão nacional, em Rondônia cambaleia ano a ano. Aqui ele ainda engatinha, nem deu os primeiros passos e já está ladeira abaixo. Na noite do domingo e nesta segunda-feira, dois episódios evidenciaram este declínio.

Primeiro no domingo, quando o Genus fez sua última partida pela Série D do Brasileirão 2013 jogando em Porto Velho e empatando sem gols com o Paragominas-PA. A partida para o Genus era apenas para cumprir tabela e foi o último capítulo da novela que se tornou a participação da equipe da capital na competição nacional. Uma novela que teve até acusação de compra de vagas.

O Genus foi eliminado na última posição do Grupo A1 com apenas cinco pontos marcados. O Aurigrená da capital conseguiu apenas uma vitória e dois empates. Levou 18 e marcou apenas 11 gols.

O resultado, embora vexatório, não foi uma surpresa, levando em conta que o Genus foi o terceiro colocado do Rondoniense 2013 e herdou a vaga que seria do Vilhena Esporte Club (campeão), e depois do Atlético Pimentense (vice) que desistiram da vaga alegando não terem condições financeiras para bancarem as despesas da competição.

O segundo episódio foi à confirmação feita pela Federação de Futebol do Estado de Rondônia (FFER) do acesso da Sociedade Esportiva União Cacoalense à elite do futebol rondoniense.

O negativo disso? Não houve disputa da Segunda Divisão do Rondoniense por que nenhum outro clube, além da União Cacoalense se inscreveu para a competição, cujo prazo para inscrições se encerrou na sexta-feira.

O ano passado a disputa da “Segundinha” envolveu apenas duas equipes, Santos de Porto Velho e o Clube Atlético Pimentense, de Pimenta Bueno. Este ano apenas um.

Apesar do patrocínio obtido pela FFER que permitiu que pela primeira vez o Estadual desse ao campeão e vice uma premiação em dinheiro, o campeonato começou com a desistência do Moto Clube que, com o Estádio Aluízio Ferreira interditado, optou por não participar da competição.

O Genus, também da capital, mandou seus jogos todos em Ariquemes, a 100 km de Porto Velho. O que é mais um indício da falência do futebol rondoniense: sequer a capital oferece um estádio com o mínimo necessário para a prática do esporte.  

Como acontece todos os anos, sem um calendário que vá além do Estadual (cerca de 90 dias) os clubes desmancham seus times praticamente cessam suas atividades até o ano seguinte.

É válido afirmar que todos os clubes da primeira divisão estão endividados. Alguns têm dívida que se aproxima dos R$ 100 mil e no período de inércia do futebol no estado (segundo semestre) nenhum deles consegue patrocínio e apenas acumulam despesas. 

 
 
  





Fonte: FS
Autor: Rogério Perucci

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