Imagens e testemunhos indicam que vilhenense teria sido assassinado na Bolívia

Fotos postadas hoje em redes sociais por amigos do jovem Kelvim Melo, 20, encontrado dependurado numa corda no apartamento em que morava na cidade de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, sugerem que o estudante de medicina pode ter sido assassinado.

As imagens mostram uma fita adesiva prendendo as mãos do rapaz, sendo que o rolo do material ainda está preso ao corpo. A boca também teria sido vedada com o mesmo produto. O cadáver foi resgatado pela polícia boliviana nesta quarta-feira, 12, horas após ser encontrado. Amigos do universitário, que estudava na Ucebol, estão coletando doações para que seu cadáver seja enviado ao Brasil.

O depoimento de uma outra estudante vilhenense que cursa medicina na mesma faculdade que Kelvim, obtido com excludividade pelo FOLHA DO SUL ON LINE, através do bate-papo do Facebook, ajuda a reforçar a suspeita de que ele teria sido assassinado. 

Segundo a acadêmica, no dia anterior à tragédia, o garoto teria contado o dinheiro resultante da venda de trufas que ele mesmo fabricava, em companhia de uma amiga. A moça teria ido para casa sem notar qualquer traço de depressão no colega. “Ele vivia num quarto com pouco recurso, mas sem sinal de qualquer problema psicológico”, garante a entrevistada pelo site, que conheceu a vítima e convivia com ela quase diariamente.

Kelvim era filho do servidor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Vilhena, Antônio de Melo, conhecido como “Toninho”. Ele também era pastor da Igreja Batista Nacional do Setor 19 e já estaria a caminho da Bolívia. O religioso, que trabalhara na entidade federal na cidade até o ano passado, hoje mora com a família em Cacoal. Já o universitário estudara na escola Shirlei Ceruti, em Vilhena.