Empresária aciona polícia e acusa prefeitura de fazer transporte clandestino

A empresária Marineia Prado, dona da Nascente, que detém a concessão para a exploração do serviço de transporte coletivo na cidade, acionou a Polícia Civil de Vilhena na manhã desta segunda-feira, 31. Ela denunciou a prefeitura por estar fazendo o transporte ilegal de passageiros, utilizando ônibus próprios e coletivos da Bueno Tur, que já presta serviços ao município na área escolar.
Segundo a denunciante, o município estaria desrespeitando a lei ao executar o serviço e transportar os alunos do Ifro. Marieneia explicou que os estudantes pagam à nascente R$ 1,25 por cada bilhete, quando o preço normal da passagem é de R$ 2,50. “O município dever arcar com a outra metade sob a forma de subsídio à classe estudantil”, disse Job Júnior de Paula, outro sócio da nascente.
A atitude da prefeitura, ao oferecer gratuitamente a condução, segundo os empresários, prejudica a Nascente, que venceu a licitação para comandar o transporte coletivo na cidade. “Eles não podem simplesmente passar a atuar no segmento e muito menos colocar outra empresa para executar o serviço, quando nós detemos a concessão, que foi conquistada em licitação fiscalizada pelo Tribunal de Contas”, argumenta Job.
O transporte dos alunos do Ifro foi tema de uma reunião do prefeito Zé Rover com a direção do campus da instituição, dez dias atrás. Os estudantes reclamavam da superlotação dos ônibus e chegaram a postar vídeos na internet denunciando a precariedade do serviço. Além disso,  acusavam a empresa de não entrar no pátio, obrigando-os a atravessar a pé a rodovia que passa em frente à escola, sob risco de serem atropelados. Após a reunião, Rover prometeu agir para resolver o problema.
Já a direção da companhia bate o pé e diz que a ação da prefeitura é ilegal sob  qualquer ângulo. Os empresários também negam que haja lotação nos coletivos.
De qualquer modo, caberá à polícia decidir se autua ou não os veículos da prefeitura e da Bueno Tur por transporte clandestino, como pedem os denunciantes.