PREFEITO DE CABIXI DEFENDE 5 ANOS SEM PESCA PROFISSIONAL NO GUAPORÉ

Embora reconheça a importância econômica da pesca para seu município, o prefeito de Cabixi, Bau Barroso (PR) defende que a atividade seja suspensa por pelo menos cinco anos no rio Guaporé. O mandatário, no entanto, quer restringir a moratória apenas à pesca comercial, liberando a esportiva, que é menos predatória e gera mais empregos.

Segundo Bau, os hotéis da cidade (dois funcionando e um em construção) chegam a faturar até R$ 70 mil por semana na alta temporada. Com a chegada dos turistas, há ocasiões em que faltam guias e “piloteiros” (condutor de barcos) para atender os visitantes. “O pescador esportivo não acaba com os peixes e ainda traz divisas, abrindo oportunidades de trabalho para muita gente”, argumenta.

Já quanto aos pescadores profissionais, Bau explica que alguns deles chegam a armar até 100 anzóis no rio. “Só aqui são vendidos 5 mil quilos de peixe todo mês”, revela, explicando que uma paralisação prolongada da atividade permitiria que as espécies se multiplicassem.

Bau diz que na cidade não existem mais do que 20 pescadores profissionais e garante que todos recebem auxílio do governo federal durante o período em que é decretado o “defeso” (a proibição da captura em larga escala). O prefeito acrescenta ainda que a maioria desses profissionais também dispõe de outras fontes de renda. Neste ano, a interdição do Guaporé começou a pouco mais de 30 dias e deve se estender pelos próximos quatro meses.