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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Geral

30/05/2014 15:26:28

Líderes do “Dia do Basta” se surpreendem com desinteresse eleitoral de jovens

Os líderes do movimento “Dia do Basta”, que levou milhares às ruas de Vilhena, em protestos contra a corrupção na política, se surpreendem com baixa adesão da juventude ao processo eleitoral.
Eduardo Campagnolo Hartmann (foto secundária) e Rafael Maziero (imagem principal), que no ano passado conseguiram mobilizar milhares de pessoas em manifestação pública a favor da cidadania e da moralização na política brasileira, se mostraram surpresos com a falta de interesse da juventude em participar das eleições deste ano através do voto. “Não sabíamos do caso, e é uma situação que precisa ser debatida, no entanto, creio que reflete a falta de credibilidade no atual estado de coisas e nas pessoas que exercem o poder”, ponderou Eduardo.
Por sua vez, Rafael defende uma mudança de comportamento através da organização de movimentos sociais democráticos, “para que novos nomes surjam no cenário e sirvam de opção”. Não é o caso dos dois jovens advogados, que pelo menos neste momento não demonstram interesse em participar da política de forma direta, “neste sistema que aí está”.
O dado apresentado aos dois participantes do Dia do Basta serviu como um alerta a ser avaliado com vistas à elaboração de estratégias para trazer mudanças. “Hoje a repressão contra as manifestações pacíficas acuaram a juventude, e isto significa um retrocesso à democracia nacional”, conclui Eduardo. Por outro lado, Rafael lamenta que baderneiros infiltrara-se no movimento, fato que acabou mudando o foco das manifestações.
Para a campanha eleitoral deste ano, o Dia do Basta em Vilhena vai defender a negação do voto a quem já está no poder. “Temos certeza de que entre os nomes que serão lançados na disputa existirão alternativas”, diz Rafael. Seu colega complementa afirmando que a regra da democracia é justamente a alternância de idéias no comando das instituições, coisa que não ocorre no país há muitos anos. Para a Copa do Mundo, o movimento não fará nenhum tipo de manifesto. “Se isto ocorrer será por iniciativa de outras organizações”, adiantam.
Finalizando, a dupla defende campanhas pela reforma política nacional, o fim do financiamento privado a candidatos, a extinção da reeleição em todos os níveis, ou pelo menos,  em cargos do Executivo, quem quiser outro mandato deve entregar o que estiver exercendo com seis meses de antecedência para participar da disputa.





Fonte: FS
Autor: Da redação

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