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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Geral

04/06/2014 18:53:50

Vilhena: pai que matou para vingar morte da filha é condenado; irmão inocentado

Começou na manhã desta quarta-feira, 04, e durou oito horas, no Fórum de Vilhena, o julgamento dos irmãos Nilton Cezar Bragança, de 44 anos, e Nilson Bragança, 34, acusados da morte do agente de viagens Eliabi de Oliveira Freitas, de 21 anos, em agosto do ano passado.
Segundo consta nos autos, o pedreiro Nilton Cezar teria atirado com uma pistola calibre .45 no jovem Eliabi movido pelo sentimento de vingança, devido ao jovem ter, supostamente, assassinado quatro dias antes, sua filha, Mayli Tavares Bragança, de 22 anos. Ambos os crimes aconteceram em agosto do ano passado.
Na busca por vingança, Nilton acabou atingindo também o pai de Eliabi, José Teixeira, de 68 anos. O projétil atingiu de raspão a cabeça do idoso, que sobreviveu.
Primeiro se ouviu as testemunhas e em seguida os réus, separadamente. O primeiro a ser ouvido foi Nilton, que isentou o irmão. “Ele não sabia de nada”, afirmou Nilton.
Quando foi ouvido, Nilson confirmou a versão do irmão de que ele não sabia de nada. “Se eu soubesse o que ele ia fazer, teria tentado impedir”, garantiu Nilson.
A palavra foi dada à promotoria às 10 horas, e na sua fala, que se prolongou até às 11h40, o promotor de justiça João Paulo Lopes sustentou a tese de homicídio simples consumado contra Eliabi, e homicídio tentado contra José. “Não ignoro a dor de um pai que perde sua filha de forma tão covarde, mas ninguém tem o direito de fazer justiça com as próprias mãos”, disse o promotor.
Após a fala da promotoria, foi feito um intervalo de uma hora para o almoço. No retorno, a palavra foi concedida à defesa dos réus, feita pelo advogado Mário Guedes Junior, que apresentou as teses de homicídio privilegiado por legítima defesa para o pedreiro Nilton, e defendeu que Nilson não teve participação no homicídio porque não sabia o que o irmão planejava.
Nas mais de duas horas de retórica, a defesa tentou desqualificar as testemunhas, alegando que ambas tinham interesse direto na condenação dos réus, haja vista serem a própria vítima, José Teixeira, e uma tia de Eliadi. “Além disso, eles falam de duas armas e os autos apenas citam uma arma”, disse o defensor ,que pediu a absolvição dos irmãos.
Já era 16h30 quando a juíza Liliane Pegoraro Bilharva leu a sentença. E o tribunal do júri, formado por quatro homens e três mulheres, entendeu que o garimpeiro Nilson Bragança era inocente das acusações.
Já Nilton Cezar Bragança, foi condenado pelo júri como executor do homicídio simples e afastaram a acusação de tentativa de homicídio, deixando a cargo da Juíza a dosagem da pena de lesão corporal pela qual ele cumprirá um ano somado aos cinco anos pelo homicídio, dosando a pena em seis anos a ser cumprido no regime semiaberto.
O advogado de defesa se disse satisfeito com o resultado do julgamento e adiantou que não irá recorrer. O resultado também agradou aos familiares dos réus que assistiam ao julgamento.

Relembre o caso clicando nos links abaixo:

http://www.folhadosulonline.com.br/noticia.php?id=16719

http://www.folhadosulonline.com.br/noticia.php?id=16800

http://www.folhadosulonline.com.br/noticia.php?id=16849

http://www.folhadosulonline.com.br/noticia.php?id=16854

http://www.folhadosulonline.com.br/noticia.php?id=16857

http://www.folhadosulonline.com.br/noticia.php?id=16922

http://www.folhadosulonline.com.br/noticia.php?id=16952

http://www.folhadosulonline.com.br/noticia.php?id=17117





Fonte: FS
Autor: Rogério Perucci

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