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Segunda-feira, 15 de abril de 2024

Política

06/06/2014 11:24:04

Ala de Fátima Cleide no PT reage a aliança entre Padre Ton e grupo de Cassol

A entrevista exclusiva concedida pelo deputado federal Padre Ton ao FOLHA DO SUL ON LINE explodiu no meio político rondoniense, principalmente dentro do PT. Ao afirmar que as negociações com o PMDB e PDT na sucessão estadual estavam encerradas desde a manhã da terça-feira 3, e que na mesma tarde havia se encontrado com dirigentes do PP no Estado,  entre eles o senador Ivo Cassol e o deputado Carlos Magno, abrindo diálogo, Ton teria feito sem o conhecimento da ala da Executiva Estadual liderada pela ex-senadora Fátima Cleide.
A conversa com o deputado e o repórter do site aconteceu através de celular exatamente às 12hs e 55 minutos (pelo horário de Rondônia) e foi testemunhada pelo presidente do diretório municipal do PT em Vilhena, Arli Schultz, durando oito minutos e onze segundos. Há poucos instantes um dirigente do PT estadual entrou em contato com o FOLHA DO SUL ON LINE, indagando se o padre e pré-candidato havia mesmo feito tais declarações, ou se o repórter interpretou mal sua fala, pois a notícia causou grande repercussão em todo o Estado.
Com a confirmação do jornalista, o dirigente, que exigiu anonimato, afirmou que Padre Ton traiu o PT do Estado todo, e que o grupo que o acompanhou na capital federal na terça-feira “é a ala da cadeia, liderada pelo ex-prefeito Roberto Sobrinho, o deputado federal Anselmo de Jesus, e os deputados estaduais Claudio Carvalho e Epifânia Barbosa, além do sindicalista Itamar Ferreira”, quase todos encalacrados com o Judiciário.
A fonte revela que nas reuniões internas do Partido promovidas pela Executiva e Diretório de Rondônia, jamais o Padre Ton concordou em disputar nas eleições deste ano cargos majoritários, a não ser a cabeça da chapa. “Se não fosse isso, partiria para a reeleição. Vice-governador ou Senado não estavam nos planos dele, pelo menos em declarações dadas nos encontros estaduais ou mesmo em público”, garante.
Prosseguindo, o informante assumiu que a base aliada nacional, que agrega o PT principalmente ao PMDB e ao PDT, pressiona para que sejam concretizadas alianças em pelo menos 14 Estados na campanha, no entanto, exige quais são eles. No caso de Rondônia, o PT tinha como projeto lançar a ex-senadora Fátima Cleide para tentar recuperar o cargo que ela ocupou entre 2003 e 2011, em troca de seguir a aliança nacional, apoiando Confúcio Moura. Mas isso atrapalharia a meta do senador Acir Gurgacz (PDT), que é permanecer no cargo. “Assim, Fátima abriria mão de sua pretensão, e hoje é declaradamente pré-candidata a deputada federal”, assegura.
Finalizando, a fonte foi ainda mais categórica: jamais o PT rondoniense em seu conjunto subiria no mesmo palanque com Cassol, “que também pode ser considerado ‘político de cadeião’, apesar do grupo liderado por ele almejar lançar para disputa ao Senado uma mulher da capital que seja bem votada, exatamente o perfil de Fátima”.
O furo de reportagem do site vilhenense ainda está causando um rebuliço nos bastidores políticos em torno da sucessão, e deverá render mais assunto ainda nas próximas horas.





Fonte: FS
Autor: Da redação

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