Declaração de campanha sugere propinas na liberação de loteamentos em Vilhena
Uma expressão desta campanha, que no começo era ouvida apenas em ações promovidas pelo DEM, ganhou expressão e corre solta nos bastidores da política. O assunto se refere a possibilidade de corrupção no setor fundiário vilhenense. Tudo nasceu de suposta declaração pública de empresário local do ramo imobiliário, destacando que Ji-Paraná foi a única cidade onde pôde lançar projetos de loteamento “sem pagar nada a autoridades”. A história, contada com os nomes dos protagonistas, tem sido usada para atestar a honestidade do ex-governador e ex-prefeito daquele município, José Bianco (DEM).
No entanto, o que intriga é aquilo que vem embutido na declaração. Se Ji-Paraná é a única cidade onde não se exige (ou exigia-se) propina para a liberação dos loteamentos, isso corresponde a realidade diferente nas demais. Entre elas, Vilhena, palco de grande empreendimento do próprio empresário autor da denúncia no início do mandato anterior, mas já com o grupo de Zé Rover (PP) no comando do município. A dúvida que a mensagem de ufanismo a Bianco traz consigo desperta fantasmas.
Mas a curiosidade aumenta quando a conversa deixa de estar presente apenas nas reuniões de caça ao voto, posto que Bianco disputa eleição à Câmara Federal, e ganha outros segmentos, inclusive no ramo imobiliário. Com este público, a conversa pode subir ainda mais o tom, sugerindo que vereadores podem ser donos ou ter grande influência sobre os projetos, “facilitando” negociações.
Apesar das declarações que colocam o tema e autoridades locais sob suspeita estarem sendo usadas publicamente, por enquanto ninguém se manifestou acerca do assunto. A aposta é que a propagação da ideia acabe levando a algum desdobramento, até mesmo por parte do Ministério Público.
Fonte: FS
Autor: Da redação