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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Esportes

31/05/2009 14:46:17

VEC É CAMPEÃO COM GOLEADA EM CASA

Milhares de torcedores assistiram ontem a vitória tão sonhada e aguardada do Vilhena Esporte Clube (Vec) sobre o Genus. Com jogadores dispostos e determinados, o Lobo não deixou o clube da capital respirar e, em um jogo tenso, meteu 4 bolas na rede do goleiro “Perereca”.

Como toda grande final os ânimos estavam tensos. As provocações da torcida vilhenense na noite anterior deixaram os portovelhenses com os ânimos exaltados. Com 4s de jogo era marcada a primeira falta do jogo pelo árbitro Wilson Gonçalves de Aquino. O jogo seguiu disputado até os 10min, quando Carlinhos chuta forte a bola em direção ao gol adversário. A pelota, para desânimo da maioria, bate na rede pelo lado de fora. Com falta sobre falta Edilson Pereira leva um cartão amarelo ao reclamar de uma falta sobre o atacante Souza. As jogadas pela ponta direita não funcionavam para o Vec. Foi quando, aos 15 minutos, Jailson, do Genus, tenta um bicicleta dentro da área forçando Rocha a espalmar para escanteio. O Vilhena reage e aos 19, após uma cobrança de falta de Joel, Souza aproveita e chuta direto para o gol. Perereca pega no susto.

A pressão continua com o time do Lobo todo no campo de ataque. Os atacantes do Genus tentam entrar na área do time da casa, mas os passes morrem na zaga vilhenense. A torcida já começava a ficar preocupada com as chances desperdiçadas do Vec quando Joel faz “chuveirinho” na área e a bola cai na cabeça de Mário César, que balança as redes do Genus com categoria. Empolgado com a abertura do placar, Souza bate firme e Perereca salva novamente o gol do visitante. No entanto, não por muito tempo. Aos 39, um cruzamento na área, também vindo dos pés de Joel, deixa a bola nos pés de Marcelo Soares, que não perdoa e amplia a vantagem do Lobo. O gol virou polêmica e os jogadores do Genus cercam o árbitro que parecia estar convencido a anular o gol. A polícia entra em campo, mas a decisão de Wilson é apenas dar um cartão amarelo a Souza, pelas faltas desnecessárias que vinha fazendo, e manter a vantagem de 2 gols do Vec. Aos 47 o Genus esboça uma reação com um chute perigoso de Marcos Canhoto, mas que Rocha deixa ir para a linha de fundo.

No intervalo, mesmo com a vantagem a tensão da partida deixa alguns atletas vilhenenses exaltados. Dentro do vestiário se desenrola uma briga generalizada por motivos pelos quais os jogadores não quiseram revelar. O técnico Ivair Cenci e o goleiro Rocha apartaram os estressados. Na volta do jogo uma densa neblina, que permaneceu até o final da disputa, havia coberto o campo. Decidido a ganhar o Genus faz duas alterações, saem Luciano e Rinaldo para a entrada de Jean e Júnior Paraíba.

As mudanças parecem fazer bem para o visitante que vai para o tudo ou nada. Logo aos 4 minutos, Rocha têm de colocar para a linha de fundo uma bola batida por Jailson. Na cobrança do escanteio a pelota bate na zaga e sobra com perigo, ao que Felipe Sorbara tira de qualquer maneira. Com o lema “o ataque é a melhor defesa”, Ivair acha por bem colocar Evandro no lugar de Edilson Pereira, que sai de campo chorando. Pouco depois, aos 11 minutos, a bola sobra na área vilhenense e Júnior Paraíba toca para Renan que aproveita a saída do goleiro para bater com força no alto do gol. Mesmo apreensivos com o placar, os vilhenenses não se abatem e dão o troco em seguida. Aos 15 minutos, Joel bate um escanteio. A bola fica com Marcelo Soares, que erra o chute, e faz a bola sobrar para a cabeçada de Souza. 3 a 1 para o Vec.

Desesperado, o Genus tenta reagir. A torcida, motivada pelos reservas e pelo técnico Ivair Cenci, “incendeiam” o Portal da Amazônia. O clube da capital perde algumas chances. Marciano é retirado de maca ao que entra Tiaguinho. Fazendo jus à fama, Tiaguinho corre com ânimo redobrado e finaliza com força após receber um passe de Joel. A bola para nas mãos de Perereca. Minutos depois, aos 25, Souza faz bela jogada pela ponta esquerda e tenta um cruzamento com cara de chute que o goleiro não consegue segurar. A pelota pára nos pés de Tiaguinho que manda a redonda no ângulo direito do gol adversário. Folgado na vantagem, o Vec cuida para não levar nenhum gol. Ivair tira Souza e coloca Jessé para correr junto com Tiaguinho.

No mesmo instante uma falta favorável ao Genus faz o goleiro Perereca se posicionar para bater. O guarda-redes da capital tenta com perigo, mas manda a bola para fora. A disputa fica mais acirrada e vai até para fora do gramado. Numa dividida um dos jogadores do Genus derruba dois repórteres na beira do campo. Faltando apenas 2 minutos para o término da partida, Renan é expulso. O cartão vermelho não agrada o jogador portovelhense que desfere um tapa no rosto do árbitro. Irritado, Wilson parte para cima do jogador. Policiais, bandeirinhas e jogadores seguram o juiz. A confusão continua por alguns minutos. O episódio não resolve o problema do Genus, que sem conseguir chegar no gol do Vec se vê perdido em campo nos minutos finais. Final de jogo. Vec 4 x 1 Genus.

Parte dos mais de 4.000 torcedores presentes invadiu o campo para comemorar a conquista do Campeonato Rondoniense. Emocionados, jogadores e dirigentes de ambos os times choram. “Esse título é o reflexo de nossa dedicação e eu dedico ao meu avô, que morreu devido a um câncer durante o campeonato”, desabafou o defensor Mário César. “Mesmo tendo duas válvulas de metal no coração me emocionei ao máximo hoje. Gostaria de me desculpar por alguma coisa que disse ou que fiz. No entanto, só conseguimos essa vitória por causa de Deus e do Senhor Jesus. Aqui minha missão já está cumprida e agora vou para cumprir um contrato de 4 anos que fechei com o Cascavel”, revelou o “mestre” Ivair Cenci. “Nós merecíamos, foi uma conquista do povo vilhenense. Superamos todas as dificuldades financeiras e agora estamos aqui. 4 a 1 na final”, declarou o prefeito Zé Rover. “Hoje somos o 2º melhor time pelo ranking da Federação de Futebol do Estado de Rondônia (FFER). Sempre digo para minha mulher que se ela me dissesse “Ou eu ou o Vec” eu escolhia o Vec. Por isso, quando nos exaltamos durante o campeonato é tudo pelo Vec. É muita emoção”, garantiu o diretor esportivo José Pimenta Jacob, o “Natalzinho”.

Após o jogo, o caminhão dos bombeiros deveria pegar os jogadores para realizar uma carreata na cidade. Contudo, o veículo parecia estar danificado e não pôde buscar os atletas. Sendo assim, os torcedores estenderam as comemorações madrugada a dentro.

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Fonte: FS
Autor: Herbert Weil

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