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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Policial

26/01/2015 17:05:01

Delegado revela detalhes sobre morte de contador e pede ajuda da PF em Vilhena

O delegado regional da Polícia Civil em Vilhena, Fábio Campos (FOTO), concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira, 26, e deu detalhes sobre a execução do contabilista Dagoberto Moreira, 42. O corpo dele foi encontrado no final da tarde de sábado, 24, a poucos metros da BR 174, próximo a uma estrada vicinal, dentro de uma fazenda a 22 km de Vilhena.

O delegado revelou que a carteira contendo dinheiro e documentos da vítima foi deixada junto ao cadáver, mas o smartphone e o notebook que Dagoberto usava não foram encontrados. Isso seria um indicativo de que as pessoas que executaram o crime tinham conhecimento de que ambos os equipamentos carregavam provas contra gente de quem Dagoberto suspeitava –incluindo quem o executou.

Fábio Campos disse que o contabilista, que foi escapou de um atentado em novembro do ano passado, quando dois pedreiros foram executados a tiros aparentemente por engano dentro de sua casa, havia adotado medidas de segurança para se proteger. “Ele vinha andando armado e com pessoas que faziam as vezes de guarda-costas”, explicou a autoridade.

Segundo o delegado, ajuda da Polícia Federal já foi pedida para a realização de perícia na caminhonete da vítima, encontrada em Colorado do Oeste antes mesmo que o corpo fosse descoberto.  O material da PF poderá ajudar a encontrar manchas de sangue, fios de cabelo e outros vestígios dos assassinos, que usaram o veículo para chegar até a cidade vizinha.

A Polícia Civil não antecipa nomes de suspeitos, mas já traçou linhas de investigações. Câmeras de monitoramento próximas aos locais onde Dagoberto esteve antes de ser assassinado serão checadas. Também haverá esforço policial para acessar as conversas do contador em aparelhos móveis, através das redes sociais.

 

O MOTIVO

A polícia não descarta outras hipóteses para o crime, mas mantém como principal motivação a disputa por terras. Dagoberto era dono de uma área a cerca de 60 km de Vilhena e enfrentava ameaças de invasão, além de estar envolvido em outras confusões agrárias.

 

O LOCAL

 

Segundo os peritos que foram até o local onde estava o corpo de Moreira, ele foi apenas “desovado” ali. Os indícios apontam que ele levou quatro tiros na região da cabeça, disparados a curta distância, em outro ponto da cidade.  Ele teria sido emboscado, rendido e executado a queima-roupa pelos algozes, que deveriam estar acompanhando seus passos.

O contador havia deixado a cidade, junto com a esposa e o filho, desde que sobrevivera ao tiroteio em sua casa. Havia retornado à cidade para se preparar para uma audiência na Justiça, marcada para a terça-feira, 20. No dia anterior ele desapareceu e não foi mais visto. Sua esposa registrou queixa na DPC na mesma terça em que haveria a audiência, comunicando seu sumiço.

 





Fonte: FS
Autor: Edeblandes Ortis

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