Servidor esculhamba Confúcio e reclama de nomeações para cargos no Cone Sul

Se a eleição do ano passado ele foi derrotado por pequena margem em Vilhena no segundo turno, hoje a derrota do governador Confúcio Moura (PMDB) na cidade seria “acachapante”. Esta é a avaliação de um servidor, ao acusar o mandatário de “ganhar a eleição com os amigos e governar cercado de inimigos”.

Pedindo para ter seu nome preservado, o autor das acusações contra Confúcio diz que, pressionado por aliados, ele está demitindo praticamente todos os que lutaram para reelegê-lo. “Mas o pior é que ele está colocando em cargos de confiança, pessoas sem a menor qualificação”.

Indignado, o servidor diz que são vários os colegas que, na última campanha, “trabalharam dia e noite” para manter o governador no cargo e que, hoje, estão sendo dispensado porque Confúcio prefere ficar refém de deputados, responsáveis pelas indicações. “Tem até pastor que não sabe sequer ligar um computador e que hoje exerce função para lidar com o interesse da população”.

Porém, o caso mais emblemático da esculhambação administrativa do Governo do Estado em Vilhena é a nomeação de um funcionário da prefeitura de Comodoro (MT), lotado num órgão público local. Conforme o denunciante, o servidor, que tem curso superior, foi cedido com ônus para o Estado de Rondônia. “Mas de que adianta ele ter formação acadêmica se está aqui sem fazer nada, em total desvio de função?”, questiona.

LOTEAMENTO

O próprio Confúcio teria explicado à sua equipe no Cone Sul que critério usaria para preencher postos na gestão estadual. Ele teria dito que metade dos cargos iriam se preenchidos por indicação dos aliados na região e a outra parte caberia aos deputados estaduais Luizinho Goebel (PV) e Rosângela Donadon (PMDB). As informações dão conta que, enquanto Goebel apresenta poucos nomes, o apetite de Rosângela pelas vagas disponíveis é bem maior.

SEM ESPAÇO

Embora não reclamem publicamente, PT e PP do prefeito Zé Rover, que evitaram uma derrota mais humilhante de Confúcio em Vilhena, não estão conseguindo espaço em seu governo. “Está todo mundo puto da vida”, desabafa o entrevistado.