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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Cotidiano

19/08/2015 16:27:05

Moradores de bairro sem água ameaçam invadir banheiro de prefeito em Vilhena

Site foi até o local e constatou problema

A redação do FOLHA DO SUL ON LINE recebeu informação na manhã desta quarta-feira, 19, de que um grupo pelo menos três pessoas estariam ameaçando invadir o banheiro do gabinete do prefeito Zé Rover (PP), no Paço Municipal, para tomar banho. Os manifestantes estariam com toalhas e sabonetes em mãos.
A reportagem foi até o Palácio dos Parecis, não encontrou as pessoas que supostamente pretendiam banhar-se no lavabo do chefe do executivo municipal, mas conversou com algumas testemunhas da situação, que garantiram a veracidade do ocorrido e revelaram que o grupo era formado por moradores do bairro Assossete, que estaria sem abastecimento de água. 
A reportagem do site foi até o bairro e comprovou a informação. De acordo com os moradores, o abastecimento de água sempre foi deficitário. Uma moradora revelou que é raro a água ter pressão suficiente para subir para as caixas. “Quase todos aqui têm um depósito baixo, porque a água não sobe”, disse a moradora. 
A informação foi confirmada por outro morador do bairro: Valdivino Antônio, 46, é morador do Assossete há quatro anos. O aposentado por invalidez disse que desde segunda-feira não sai uma gota de água das torneiras. A água utilizada pelas quatro pessoas da família é trazida em tonéis da casa do cunhado, que mora em outro bairro. “Trazemos água para beber e cozinhar. Para tomar banho vamos para casa dos parentes”, disse Valdivino. 
De acordo com Valdivino, a rede de água do bairro foi instalada pelo proprietário do loteamento, que alguns meses atrás tentou repassar a rede para o SAAE, mas a autarquia não recebeu alegando, problemas na tubulação. 
Ao menos uma das irregularidades é notada facilmente. A caixa d’água do bairro (FOTO RODAPÉ DA MATÉRIA) está instalada praticamente na rua. 
Esta semana, o proprietário do loteamento distribuiu aos moradores do bairro cópias do documento que teria entregado ao SAAE (FOTO 2).  
Desanimado com a precariedade do bairro, o morador já cogita vender a casa e se mudar do local. “Neste jogo de empurra-empurra entre responsável pelo loteamento e o SAAE, a gente fica assim, que nem bola de pingue-pongue”, disse Valdivino. 





Fonte: Folha do Sul
Autor: Rogério Perucci

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