Vilhena: deputada é eleita para presidir PMDB; vereador rebelado não vai a convenção
Evento foi realizado no sábado
No último sábado, 29, a convenção do Diretório Municipal do PMDB de Vilhena elegeu com chapa única seus dirigentes, delegados e suplentes. Foi mantida na presidência da agremiação, a deputada Estadual Rosangela Donadon, tendo como vice o cirurgião-dentista Paulo Veit. Ambos ocupavam a liderança provisoriamente, desde que o vereador Junior Donadon (PMDB) perdeu o espaço no partido por não ter seguido diretrizes e regras internas da agremiação.
Em entrevista ao FOLHA DO SUL ON LINE, a deputada destacou que o trabalho está revelando a força do partido, agregando uma relevante quantidade de novos filiados. A previsão de Rosangela é atingir a meta de efetuar o registro de mais de 500 eleitores na sigla até o final do ano. “Estamos trabalhando firmes desde o início do ano e o resultado da votação com um expressivo número de novos filiados mostra que estamos no caminho certo e o quanto nos preocupamos com as normas do nosso estatuto interno”, disse.
Em seu discurso, a parlamentar reiterou sobre a implantação da unidade da Fundação Ulisses Guimarães na cidade. Ela também disse que ativar os núcleos do PMDB Jovem, Mulher, Sindical e Afroindígena é uma de suas propostas para o crescimento do partido no município.
NÃO COMPARECEU
No segundo evento da Sigla em Vilhena, promovido pela deputada, a convenção teve a participação do presidente estadual, Tomás Correa. Novamente o vereador Junior Donadon não compareceu, mesmo tendo sido convidado para prestigiar. O parlamentar procura manter-se longe das decisões que ocorrem no Diretório desde que sofreu a “rasteira” orquestrada pelo primo, ex-prefeito Melki donadon (PDT) que complicou de vez suas pretensões de carreira na agremiação.
Junior, que briga na justiça para deixar o partido por justa causa e permanecer no poder, parece estar com seus dias contados no legislativo se continuar insistindo em se desligar do grupo. Rosangela garantiu que a vaga do primo à reeleição será assegurada, mas também não descartou a possibilidade de requerer dele a cadeira na Câmara que por direito é da legenda se ele “jogar a toalha” de vez.
Tomás Correa, apesar de evitar declarar qual a posição, caso Junior mantenha a encrenca, assumindo o risco de seu desligamento, mandou o recado nas entrelinhas: “São três as possibilidades de perder o mandato”, disse, referindo-se ao direito que o partido ou o suplente tem de requerer o cargo. Além disso, o próprio Ministério Público Eleitoral pode se manifestar e pedir a vaga de Júnior, caso ele se desfilie do PMDB.
O conselho de Tomás, no entanto, é que Junior busque administrar as divergências e aceite as condições, permanecendo na agremiação. Ele garante que prejudicar a carreira do parlamentar está fora de cogitação. “Eu sempre orientei o Júnior que política é diálogo e entendimento. Isso não está acontecendo aqui”, finalizou Tomás.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Geisi Catrinque