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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Política

12/04/2010 17:16:34

CONFUCIO ADIANTA RESPOSTAS MAS AINDA NÃO TEM PLANO DE GOVERNO

Em entrevista coletiva concedida na última quinta-feira (8/4) no Diplomata Hotel, o candidato do PMDB ao Governo do Estado de Rondônia, Confúcio Moura, médico atuante, ex-deputado federal por três mandatos consecutivos e ex-prefeito de Ariquemes, reeleito com 72,4% dos votos em 2008, falou sobre os principais temas da campanha que se avizinha.

 

Atual governo

“A prioridade deste governo que está aí não foi a Educação, nem a Saúde nem a Segurança Pública, e sim as rodovias”.

“Pesquisas qualitativas indicam um clamor pela deterioração da Saúde Pública nos 52 municípios nos último sete anos. De Cacoal a Porto Velho, porém, a segunda prioridade de toda a população é o combate à galopante violência, no campo e na cidade”.

Usinas do Madeira

“Não está ao alcance do Governador do Estado aumentar as compensações financeiras devidas pelos impactos ambientais da usinas de Jirau e Santo Antônio. Concordo que R$ 250 milhões é pouco, diante de um faturamento total estimado em mais de R$ 20 bilhões até 2032, mas a legislação que rege este tema é da alçada federal” (Aparte do senador Valdir Raupp: “Isso pode entrar na reforma tributária”).

Saúde

“O problema é financeiro e de gestão. Primeiro, não podemos mais ter esta repartição igualitária, simplesmente per capita, dos recursos da Saúde, que vale tanto para os estados do Sul como para os do Norte. É preciso introduzir o Fator Amazônico neste cálculo, ou seja, a União tem que acrescentar um diferencial a mais nos repasses por conta de nossas características específicas, como as grandes distâncias entre os municípios, as endemias tropicais não-controladas, a dificuldade de encontrar profissionais qualificados. Em relação à gestão, é preciso uma repactuação, uma redivisão de responsabilidades. O Hospital de Base de Porto Velho tem que ser centro de referência apenas para atendimentos de alta complexidade, como cirurgias cardíacas, neurológicas e transplantes, e Hospitais Regionais como os de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena ficam com as outras especialidades, como ortopedia, gastrologia, pediatria e outras”.

“Porto Velho não pode mais ficar sem um pronto-socorro estadual”.

Educação

“Depende de ter um bom professor para ter um bom aluno. Defendo a meritocracia, a remuneração por resultados. Quem aprova mais, quem faz o aluno aprender mais, quem evita a evasão, quem mantém a disciplina, tem que ganhar mais do que o professor acomodado, que se esconde atrás da estabilidade.”

“Não posso assumir o compromisso de implantar este sistema sem antes ouvir os sindicatos, que tendem pela isonomia. Dentro do processo democrático, é preciso levantar esta discussão e, nem que leve 10, 20 ou 50 anos, um dia este sistema terá que ser implantado em todo o país. Em toda loja, toda empresa, quem se destaca, quem tem melhor desempenho, é melhor remunerado por isso. Por quê no ensino público tem que ser diferente? Não podemos nivelar por baixo nossa educação, e a isonomia, ou seja, a idéia de que o mais justo é tratar a todos de maneira igual, embute esse risco”.

“Acontece que nem todo prefeito é educador. Muitos vieram da agricultura, do comércio, ou de igrejas e não tem esta visão, por isso defendo a implantação de um Plano Estadual de Educação, que dê parâmetros comuns às prefeituras, respeitando suas especificidades”.

 

Segurança Pública

“Quando se assume a Chefia do Executivo, a tentação imediata é de achar que a questão se resolve nomeando um militar, major ou coronel, um juiz ou promotor de Justiça para o cargo de secretário de Segurança. Isso é um equívoco. A segurança tem que ser administrada levando-se em conta uma visão antropológica, sobre a condição do homem, e sociológica, sobre o modo de organização e funcionamento da sociedade. É coisa para especialistas, para quem estudou o assunto em todas suas nuances, porém, entendo que, a curto prazo, não há como abrir mão do policiamento ostensivo e da repressão, mas aquela feita pela polícia comunitária - pelo policial que mora no bairro e conhece os moradores pelo nome, que apita jogo e ajuda na pintura da escola no fim de semana; a médio prazo, é preciso salvar a juventude, implantando as Escolas da Paz, onde funcionem efetivamente estratégias de gerenciamento de conflitos; e, a longo prazo, ela só se garante com a geração de emprego e renda em volume suficiente para equacionar os dramas sociais dos quais somos todos testemunhas”.

 

Leia na edição impressa da FOLHA DO SUL que circula no próximo sábado entrevista exclusiva concedida por Confúcio Moura ao repórter Carlos Macena, onde são abordados o histórico político do candidato, as prováveis alianças para a eleição, seus possíveis vices e o que dizem as pesquisas eleitorais mais recentes.





Fonte: FS
Autor: Carlos Macena

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