Visitas 128155554 - Online 336

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Cotidiano

10/12/2015 09:52:22

Em Cerejeiras, cerca de 20 detentos concluem curso de pintura em cadeia pública

Curso do Pronatec foi oferecido pelo Senai

Na manhã da última terça, 08, uma cerimônia simples marcou a conclusão do curso de pintura para presidiários da Cadeia Pública de Cerejeiras. Cerca de 20 detentos, todos do regime fechado, fizeram trinta dias do curso de pintura profissional. A cerimônia de término do treinamento foi realizada no pátio da instituição prisional.
O curso de pintura (de residências, paredes, muros) foi ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai), em parceria com a Cadeia pública e com apoio da Associação Empresarial de Cerejeiras (Acic). O treinamento foi realizado pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal.
Cada aluno do curso ganhou uma bolsa única de R$ 360, cujo valor será repassado às famílias dos detentos, como orienta a lei. O treinamento durou 30 dias, tendo a carga horária total de 180 horas.
Para o coordenador regional do Senai, Martins Marques, o curso, além de ser um diferencial na vida do detento, é um cumprimento da legislação brasileira. “Esse treinamento é também para cumprir a lei de ressocialização do preso, pois essa é a real função do sistema prisional”, diz.
O diretor da cadeia pública de Cerejeiras, Márcio Pacheco, afirma que esse tipo de curso oferecido nos presídios ajuda o sistema prisional a cumprir com sua função proposta na lei. “No Brasil não existe prisão perpétua nem pena de morte. A lei prevê que um dia o preso vai sair da cadeia. Então a função do sistema prisional é reeducar esse detento para reinseri-lo na sociedade. E cursos como esse ajuda a cadeia pública nesta missão”, diz.
Também presente na cerimônia de conclusão do curso de pintura para os presos, um dos diretores da Acic, Laércio Rodrigues, diz que o sentido do treinamento está condizente com os valores pregados pelo empresariado. “Nós, da ACIC, acreditamos na Educação. E esse curso dá mais qualificação para os presos para que um dia, quando sair daqui, ele saiba fazer algo diferente, sem precisar retornar ao crime”, afirma.
O detento Antônio Carlos, de 34 anos, preso há mais de dois anos, diz que o curso para ele significa uma nova chance de recomeço. “Para mim esse curso foi como um começo de aprendizado de uma atividade profissional que eu não sabia fazer”, diz o presidiário.





Fonte: Folha do Sul
Autor: Rildo Costa

Newsletter

Digite seu nome e e-mail para receber muitas novidades.

SMS da Folha

Cadastre seu celular e receba SMS com as principais notícias da folha.