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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Geral

19/01/2016 10:46:33

Menino morre ao cair de cavalo e pai alega falta de socorro dos Bombeiros

Acidente aconteceu após dupla ser atacada por abelhas, em Vilhena.

Um garoto de 11 anos morreu após cair do cavalo em que estava montado, em uma fazenda de Vilhena (RO). Segundo o pai do menino, Sebastião Pereira da Silva, 60, que estava junto ao filho no momento do acidente, um enxame de abelhas atacou os dois, momento em que o garoto sofreu a queda e acabou pisoteado pelo animal, na quinta-feira (14). O pai afirma que foi até o batalhão do Corpo de Bombeiros do município para solicitar apoio, mas os militares teriam negado assistência.  Ao G1, a corporação informou que o pai havia comunicado a morte do filho e que orientou ele a procurar pela perícia e uma funerária, uma vez que o menino já estava sem vida.

A família de Walison Barbosa da Silva, de 11 anos, mora na zona urbana de Vilhena, enquanto o pai trabalha em uma fazenda. Como o garoto estava de férias escolares, decidiu ir na quarta-feira (13) para o local. Na tarde de quinta-feira, pai e filho estavam andando a cavalo quando foram surpreendidos por um enxame de abelhas, o que provocou a queda do garoto do animal. O acidente ocorreu por volta das 17h30 e Sebastião alega que ao sair do local do acidente em busca de socorro o filho ainda estava com vida. 

"Eu queria assistência e não tive. Meu filho suspirava ainda. Foi a hora que eu vim no desespero e cheguei aqui e não tive assistência", descreveu.

Sebastião afirma que no local onde trabalha não há telefone, o que dificultou o contato com o Corpo de Bombeiros após o acidente.  Por causa disso, o caseiro pegou sua motocicleta e foi para a zona urbana. Na ocasião, o pai teve o auxílio de um vizinho que o levou até o Corpo de Bombeiros para comunicar o ocorrido. Segundo Sebastião, o bombeiro que o atendeu teria negado assistência.

"Ele falou que não ia. Às vezes ele achou que eu todo sujo era um caloteiro, um bandido, um vagabundo na rua. Acho que eles pensam isso. Não conhece um homem trabalhador", desabafou. 

Um dos bombeiros teria orientado Sebastião a procurar a perícia da Polícia Técnica e uma funerária, o que o pai do garoto fez após sair do batalhão. Ao chegarem no local do acidente, a equipe encontrou o garoto sem vida. O corpo da criança foi levado para Vilhena, onde foi sepultado neste sábado (16). "Era um menino cavaleiro, sabia arriar, era um peão formado, que sabia trabalhar, tem carimbo. Porque tem origem né?", relembrou o pai.

Outro lado

Ao G1, o bombeiro Eduardo Herrmann, que representa a unidade, diz que o resgate é deslocado para atender qualquer tipo de ocorrência quando a pessoa ainda está com vida.

"Ele chegou aqui já informando do óbito do filho. Na hora os companheiros que estavam no serviço não maliciaram nada, simplesmente eles receberam um pai que estava informando o óbito de um filho e a intenção deles foi ajudar informando qual o procedimento após o óbito. O bombeiro não atua após o óbito, quem atua no caso seria a Polícia Civil, através da sua perícia e a própria funerária para fazer o recolhimento do corpo", explicou.

Segundo Herrmann, o comandante do Corpo de Bombeiros determinou que na segunda-feira (18) seja aberta uma sindicância interna para averiguar as duas versões apresentadas para o episódio. "Se os nossos companheiros de serviço, em algum momento erraram ou deixaram de adotar um procedimento, não tenha dúvida que o nosso comandante vai atuar no rigor da lei e punir o bombeiro, caso esteja errado", finalizou.

Foto 1: Arquivo Pessoal
Foto 2: Dennis Weber/ G1




Fonte: G1
Autor: Dennis Weber

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