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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Cotidiano

08/04/2016 10:57:41

Vilhena: em discussão no WhatsApp, secretário faz insinuação grave contra vereador

Adenilson também disparou críticas pesadas a Donadon

*Mario Quevedo – Especial para o FOLHA DO SUL ON LINE

A criação de norma legal para instalação de nichos de reserva de mercado para jornalistas diplomados em cargos de chefia de setores de comunicação nos poderes Executivo e Legislativo em Vilhena provocou intenso debate entre profissionais de imprensa pela rede social WhatsApp esta semana. Aparentemente incomodado com a iniciativa, o secretário municipal de Comunicação, Adenilson Magalhães, publicou postagem onde fez questionamentos acerca da legalidade do projeto de lei que esteve em discussão hoje na Câmara de Vereadores, insinuou que a medida tinha como foco tirá-lo da função e, o mais grave: afirmou que o presidente do Poder Legislativo, vereador Junior Donadon, que apóia a matéria a pedido de jornalistas, dispõe de cargos na Prefeitura Municipal. Elaborado a pedido de comunicadores vilhenenses com formação superior, o projeto foi apresentado ao Plenário através de iniciativa do próprio Donadon.
Adenilson inicia seu texto com ofensas ao parlamentar, declarando que o presidente da Câmara “quer me tirar”, sugerindo que a meta de Donadon é apeá-lo da Secretaria de Comunicação. Em seguida, ele afirma que a proposta é “inconstitucional”, pois segundo entende, iniciativas deste gênero são de competência do Executivo. A capacidade de Junior Donadon logo depois é mais uma vez questionada, quando Magalhães comenta que “isso fez o Marlon (irmão do presidente da Câmara e ex-prefeito municipal) sair da prefeitura com 200 processos e ter que fugir do Brasil”. Só para relembrar, na época em que Marlon foi prefeito, entre outros cargos o irmão comandou a Procuradoria-Geral do Município.
Mas a bomba vem a seguir. O desfecho da nota leva a crer que, ao contrário do que se imaginava pelo confronto entre o presidente da Câmara Municipal e o prefeito Zé Rover (PP), que aconteceu no Parlamento há poucos dias, não passou de um jogo de cena. Isso porque,  ao afirmar que se a ideia é tirá-lo do cargo, então bastaria o presidente pedir ao prefeito: “Isso é falta de criatividade, basta ele pedir pro (sic) prefeito com o tanto de portarias que ele tem na prefeitura isso não seria difícil”.
A intervenção do secretário municipal abre espaço para vários questionamentos. O projeto de Lei em questão trata de ação de competência exclusiva do Executivo ou não? Se a meta seria tirar Adenilson do cargo, então a proposta mudaria as regras do jogo com a partida em andamento, ou seja, sua aprovação estabeleceria norma com efeito retroativo determinando a exoneração dele? A mais importante: existe, então, um esquema de favorecimento a vereadores pelo Poder Executivo através da concessão de portarias, envolvendo inclusive o presidente do Legislativo?
O curioso em toda a questão é que, apesar do grupo da rede social contar com participação de profissionais de imprensa com competência comprovada e acadêmicos do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, com o nível de excelência da Universidade Federal de Rondônia, ninguém considerou que a afirmação de Magalhães pudesse ser de interesse público. Coube a dois “práticos” do ofício, o autor da matéria e o editor do site, levar a denúncia ao conhecimento dos vilhenenses.
O FOLHA DO SUL ON LINE deixa espaço aberto para os envolvidos na polêmica apresentarem suas versões quanto a questão.





Fonte: Folha do Sul
Autor: Mario Quevedo

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