Situação pode acabar se refletindo nos preços dos produtos
Hortifrutigranjeiros de Vilhena se apressam para iniciar a colheita de vários produtos que começaram a cultivar em setembro e outubro, já dentro das estufas, conforme manda o clima local. Apesar dos preparativos, as chuvas irregulares do início do ano e desta temporada fizeram alguns produtores amargarem prejuízos na lavoura.
Grande produtora de tomate, pimentão, pepino, abacaxi, melancia e outras frutas, além de verduras e legumes, a cidade encarou chuvas escassas em maio e abril, quando foram plantadas algumas safras de hortifrúti ainda em campo aberto. O resultado não agradou e fez muitos depositarem as esperanças nas estufas, que permitem maior controle da água e da temperatura das plantas.
Mesmo assim, com o atraso nas chuvas do fim de ano, que ainda que tenham chegado, estão abaixo da média histórica, o produtor está preocupado com o futuro de suas safras locais, vendo os custos com irrigação aumentarem e a manutenção difícil da produtividade.
O chuchu, por exemplo, que em boa parte é vendido em Caocal e outros municípios da região, depende de muita água para se desenvolver satisfatoriamente. Entretanto, a qualidade pode ser um problema na venda dos produtos, que, caso não se desenvolvam bem, ainda que sejam colhidos e colocados para comercialização, podem dar prejuízo às revendas, se não saírem das gôndolas.
A situação é mais complicada para quem não se planejou para a instalar seus equipamentos de irrigação e pode acabar ficando sem uma boa produção neste ano. A importação dos produtos por parte do comércio local, adquirindo os hortifrúti de outros Estados, poderá ser uma necessidade ainda maior.
Agrônomos e produtores acreditam que a produção local pode sofrer nova onda de melhoria da tecnologia adicional à aquela já promovida pelos auxílios da Emater (Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia) e outros órgãos de assistência.
A dificuldade toda pode ocasionar ainda aumento no preço destes produtos para o consumidor final no supermercado, feiras e vendas independentes.