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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Geral

16/03/2017 15:46:44

Mãe e filho que contrataram adolescente para matar vizinho são condenados em Vilhena

Assassino arrependido recebeu apenas metade do pagamento
 
Uma mulher de 38 anos e seu filho foram levados a júri popular em Vilhena na manhã desta quinta-feira, 16. Os dois foram condenados, respectivamente, a penas de 17 anos e 15 anos e seis meses de prisão como mandantes de um assassinato registrado no ano passado no bairro Bela Vista.
 
Valdenete de Souza Soares chegou a desmaiar durante julgamento e foi levada ao Hospital Regional, sendo sentenciada mesmo ausente. O filho dela, Wesley Soares de Souza, permaneceu até o fim e recebeu uma pena levemente menor.
 
Conforme registrado pelo FOLHA DOSUL ON LINE na época do crime, o filho de Valdenete teria contratado um adolescente para matar o cabeleireiro Jeová Duarte Teixeira por um motivo banal: a discussão envolvendo a construção de uma calçada. O assassino, identificado poucos dias após a execução, confessou tudo e disse que recusara parte do pagamento por arrependimento. Lembre aqui.
 
O Ministério Público pediu a condenação da mulher por dois crimes: homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem dar chance de defesa à vítima e corrupção de menores, por ter aliciado o assassino adolescente.
 
Já a defesa pediu a absolvição de Valdenete, bem como a desconsideração das qualificadoras. Quanto a Wesley, o advogado que o representou no júri alegou que ele não contratara o matador, tendo apenas comentado com o menor que a mãe já havia sido “xingada, espancada e estuprada” pelo vizinho. O assassinato, portanto, segundo a defesa, não teria sido contratado pelo acusado, muito menos encomendado por sua mãe.
 
Ao votarem pela condenação dos dois réus, os jurados entenderam que a mulher deveria pagar pelos dois crimes a ela imputados, e juíza Liliane Pegoraro Bilharva fixou sua pena em 17 anos no regime fechado, sem direito de apelar em liberdade. Wesley também não teve seus argumentos de defesa aceitos e pegou 15 anos e seis meses de prisão nas mesmas condições.
 




Fonte: Folha do Sul
Autor: Rogério Perucci

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