Empregados de construtora com salários atrasados continuam enfrentando humilhações em Vilhena
Grupo estava novamente na prefeitura tentando receber
Na manhã desta terça-feira, 26, o FOLHA DO SUL ON LINE encontrou, debaixo de chuva, na prefeitura de Vilhena, um grupo de empregados da Construtora Giriolli. Em entrevista ao site, os trabalhadores contaram que estavam novamente tentando receber do município o que tinham em haver com a empresa, ganhadora de licitações para a construção de escolas na cidade. Na semana passada, o drama deles foi publicado aqui.
Líder informal da turma, Alexandre da Silva Pereira, 42 anos, que trabalhava numa obra da Giriolli em Nova Conquista, disse que está com o aluguel atrasado e, assim como os colegas, sobrevivendo de empréstimos. Tanto ele como os demais estão com três meses de salários atrasados.
Os manifestantes disseram que um representante da prefeitura agiu de má fé, ao anunciar que o município iria pagá-los. A promessa foi feita no início do mês, mas aí surgiu o primeiro obstáculo: não havia informações sobre os valores de cada um.
Os trabalhadores correram atrás e obtiveram da própria empreiteira a relação com o nome e o crédito correspondente a cada um. A firma também autorizava o município a fazer os depósitos para abater no valor a que ela tinha direito.
“Depois de tanto sacrifício e enrolação, os representantes da prefeitura agora dizem que temos que entrar na justiça para receber. Estamos há três meses vivendo desse jeito”, desabafou um deles.
Sobre a possibilidade de eles tentarem ganhar a vida em outro emprego, enquanto aguardam o desfecho deste caso, Alexandre expôs a situação de todos: “Os nossos documentos estão na empresa. Não temos para onde ir. Vamos continuar vindo aqui até pagarem os nossos direitos”.
Ao todo, são 44 pessoas que tomaram o “calote” e cuja única esperança de receber é o município acatar a ordem da construtora e passar aos empregados o que é devido a ela
Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação