Vilhena: rapaz que matou padrasto a facada durante churrasco de família em Chupinguaia é julgado e absolvido
Jurados entenderam que o acusado agiu em legítima defesa
Autor confesso da facada que causou a morte de André Wesley Ferreira da Silva, Josuel de Moura, que era enteado da vítima, foi julgado na manhã desta terça-feira (20) no Fórum Desembargador Leal Fagundes, em Vilhena, e absolvido.
De acordo com os autos, no dia 19 de novembro de 2016, réu e vítima que eram enteado e padrasto, participavam de um churrasco com familiares e amigos,na rua Vila Caique Madeiras, em Chupinguaia, quando próximo das 19 horas, André e um dos convidados começaram uma briga. Josuel foi tentar apartar a confusão e acabou levando dois socos do padrasto.
Josuel sacou uma faca e partiu para cima do padrasto, mas foi impedido pela mãe, que pediu a arma ao filho e ele entregou. Depois disso se afastou do padrasto e foi para próximo da churrasqueira. Ainda de acordo com os autos, o padrasto teria ido até Josuel e o agredido pelas costas. No momento desta nova agressão, o réu teria se apoderado de uma faca de serra e desferido um golpe contra a vítima.
O Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça João Paulo Lopes, pediu ao corpo de jurados formado por sete mulheres, a condenação do acusado pelo homicídio simples com o reconhecimento da causa de diminuição de pena do homicídio privilegiado.
Já a defesa de Josuel foi feita pelo defensor público George Barreto Filho, que sustentou como a tese de legítima defesa. Para o defensor, não houve dolo, não houve a vontade de matar. “O que Josuel queira era repelir a injusta agressão que sofreu quando seu padrasto o atacou pelas costas,” disse Barreto Filho, que ainda defendeu como tese alternativa o reconhecimento do homicídio privilegiado.
Os jurados acolheram a tese da defesa e absolveram o réu.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Rildo Costa