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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Policial

22/09/2010 09:42:20

CONFORTO NÃO IMPEDE MORTE DE ADOLESCENTES NA CASA DA CIDADANIA

O adolescente conhecido como “Narézinho” foi assassinado na noite da última sexta-feira (17), por volta das 20h00. O fato ocorreu na Casa da Cidadania localizada na Av. Capitão Castro n° 2081, no Centro da cidade. Segundos os agentes de plantão, eles foram chamados por um dos menores que contou que havia matado um companheiro de alojamento. A Polícia Militar foi chamada à Casa da Cidadania para acompanhar os agentes até o alojamento de nº 02, onde encontraram Narézinho deitado no chão já sem vida. Segundo a PM, o menor se aproveitou de um momento de descuido de Narézinho para matá-lo por asfixia com uma toalha de banho enrolada no seu pescoço.
O menor T.T.S. assumiu a autoria do crime sozinho, apesar de serem 07 menores no alojamento. Segundo confessou o adolescente, o crime foi um acerto de contas. Ele disse à polícia que havia matado Narézinho devido a assuntos não resolvidos na rua e que a vítima  teria passado o dia todo lhe provocando.
Narézinho estava detido ali somente há dois dias. Ele foi preso no dia 15 de setembro por tentativa de homicídio contra um sujeito conhecido como “Ceará”. O fato ocorreu na madrugada do dia 14 para o dia 15 de setembro por volta de 2h00 da manhã em um bar na Avenida Paraná. Na ocasião, Narézinho, de posse de um revólver calibre 32, disparou 6 tiros na tentativa de acertar Ceará, que supostamente devia dinheiro a ele, mas acabou atingindo o pedreiro Jocenir de Souza de 26 anos e seu irmão, o metalúrgico Edir de Souza de 32.

A Casa da Cidadania abriga hoje 13 adolescentes, 11 meninos e duas meninas. Lá, eles contam com acompanhamento psicológico e jurídico. Estudam em período integral e em breve terão aulas de informática. “A sala climatizada e os computadores já estão prontos para o inicio das aulas, falta somente à liberação de um professor pela SEDUC”, disse Cabo Cunha, diretor da unidade. O militar disse ainda que os adolescentes também fazem atividades físicas e recebem, uma vez por semana, sempre às quintas-feiras, a visita dos parentes. Segundo o diretor, nos últimos dois anos passaram pela Casa 156 adolescentes e, nesse período, houve três mortes dentro da instituição. Cunha confessou que a maior dificuldade é convencer os adolescentes a estudar. “A maioria dos que aqui chegam vem de famílias desestruturadas, e boa parte deles nunca estudou lá fora. Aí é complicado convencer esses adolescentes de que estudar é fundamental para que eles possam ter um futuro”, expôs o diretor.

 





Fonte: FS
Autor: Rogério Perucci

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