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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

Trânsito

15/12/2010 11:15:15

Carroceiros enfrentam perigos no trânsito para sustentar famílias

A municipalização do trânsito é uma proposta do Código de Trânsito Brasileiro que delega ao município, dentre outras coisas, a fiscalização de veículos, inclusive as mobiletes, bicicletas e carroças.

 

Estes veículos deveriam ser registrados pelo município, para controle de sua quantidade e condições de segurança. Mas, nunca tiveram a devida atenção do órgão responsável pela fiscalização local do trânsito.
 

Em se tratando das carroças, não se sabe ao certo quantas estão circulando em Vilhena, visto que não há um controle por parte do órgão competente. Assim também como não há uma capacitação dessas pessoas para conduzirem esses veículos.

 

Segundo informações da Secretaria Municipal de Trânsito (SEMTRAN), há uma regulamentação que proíbe esses veículos de trafegarem pelas avenidas centrais. Mas, elas são facilmente vistas pelas principais vias da cidade. Isso ocorre, segundo o secretário municipal de trânsito, Agenor Francisco de Carvalho, devido não haver fiscalização.

 

Mas, embora representem um perigo ao trânsito, as carroças são, muitas vezes, o único meio de sustento de famílias inteiras. Os condutores Roberto Rondon da Silva de 38 anos e o colega José Milton Batista, 61, são carroceiros há quase 10 anos.

 

Ambos afirmaram que ganham em média R$ 500 por mês. Questionados sobre os perigos de transitarem com esse tipo de veículo pelas vias centrais, afirmaram que obedecem às sinalizações e sempre dão à preferência. “Nunca sofri um acidente nesse tempo todo que trabalho em Vilhena,” disse Roberto.

 

Na contramão, Joaquim Aparecido da Silva, 57, já se acidentou duas vezes. Segundo Joaquim, no último deles, há alguns anos, sofreu escoriações e ficou sem trabalhar mais de um mês, por causa dos estragos na carroça. “Eu não tinha dinheiro para pagar o concerto da carroça, e sem a carroça eu não tinha trabalho para ganhar dinheiro, ainda bem que a gente tem amigo”, disse o carroceiro, agradecido aos amigos que o ajudaram naquele momento difícil.

 

Joaquim é casado e tem três filhas e dois netos morando com ele. Todas as filhas estão sem empregos e a única fonte de renda é o dinheiro ganho com os fretes, em média 20 reais por dia.





Fonte: FS
Autor: Rogério Perucci

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