Visitas 128120204 - Online 373

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Cotidiano

05/04/2011 17:21:46

Prefeitura nega apoio a mãe que perdeu dois filhos em tragédia

Na manhã de hoje, o www.folhadosulonline.com.br entrevistou Mazilda Eduardo Schullz, mãe dos irmãos que perderam a vida na quarta-feira 09 de março, nas proximidades do Residencial Orleans. Nayara Azevedo e Célio Antonio Azevedo, de 12 e 09 anos, brincavam com colegas no meio da tarde, quando o menor resolveu dar um mergulho na valeta, repleta de água empoçada. Ele começou a se afogar e, ao tentar resgatá-lo, Nayara também acabou morrendo.

 

A valeta fica situada em área da prefeitura, mas trata-se do ponto final do sistema de esgotamento de águas pluviais do conjunto residencial. Por enquanto, a família ainda não tomou nenhuma medida no sentido de apurar responsabilidades ou pedir indenização. No entanto, a mãe das crianças esperava ter mais apoio. “Apenas o Wilson Magalhães, dono do loteamento, está nos dando amparo, através da esposa dele”, disse Mazilda. Ainda desconcertada com o ocorrido, a senhora mostra muita apatia e tristeza no olhar. Até agora, a família não recebeu sequer uma ligação telefônica de autoridades municipais, responsáveis para área onde aconteceram os afogamentos. A Assistência Social da Prefeitura, que deveria agir numa situação dessas, também não deu bola para a dor da dona-de-casa.

 

Ela e o marido têm outros três filhos, com 1, 6 e 9 anos. “A gente vai tentando levar a vida, mas é muito difícil acostumar com a falta dos dois”, diz Creuza Cristói, avó das vítimas. Sobre indenização, Marilza diz não pensar nisso. “Nenhum dinheiro vai valer a vida dos meus filhos”.

 

O vereador Elias Músico (PSC) conseguiu hoje aprovar requerimento na Câmara, no sentido de exigir que a Prefeitura aponte quem é responsável pelo acidente. A mãe de Nayara e Célio acredita que não é da família. “Moramos há nove anos naquele lugar, meus filhos conheciam muito bem as redondezas, e as crianças brincavam em grupo. Todos eram parentes, e um cuidava do outro. Não foi nossa culpa”, disse.

 

Já a avó alerta que a valeta continua aberta, e outros acidentes podem acontecer. “Não importa agora de quem é a culpa, mas é certo que isso seja investigado. Porém, acho que alguém tem que ir lá e cobrir aquele buraco para que outras crianças não caiam nele”, exige.





Fonte: FS
Autor: Mario Quevedo

Newsletter

Digite seu nome e e-mail para receber muitas novidades.

SMS da Folha

Cadastre seu celular e receba SMS com as principais notícias da folha.