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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Educação

11/04/2011 09:39:53

Segurança nas escolas de Vilhena: “Só contamos com a proteção de Deus”

O vigia José Murilo de Oliveira trabalha na função há 30 anos, sempre na Escola Estadual Marechal Rondon, uma das maiores da cidade. Questionado acerca do sistema de segurança do estabelecimento, ele respondeu com a afirmação que intitula esta reportagem.

 

A tragédia ocorrida no Rio de Janeiro na quinta-feira, 07, pode ser repetida em muitas das escolas públicas de Vilhena, pois a vigilância é muito precária, e se trata de um item que não é prioridade no planejamento escolar. O normal é encontrar servidores veteranos como José Murilo que, desarmado e idoso, tem sob sua guarda dezenas de crianças, adolescente e servidores a cada turno de trabalho que executa. “A gente só conta mesmo é com a proteção do Senhor, que felizmente tem cuidado bem de nós”, disse o funcionário.

 

José Murilo sabe muito bem o perigo que corre. E, da pior forma possível: em 1994, ele foi baleado por um pai de aluno que, bêbado, resolveu acertar uma diferença entre o garoto e o vigia. O servidor escapou por pouco da morte, e levou vários meses para se recuperar.

 

Outra escola visitada pela reportagem do www.folhadosulonline.com.br foi o colégio Cecília Meireles, no bairro Bodanese, coisa que ocorreu na tarde da última sexta-feira, durante o horário de aulas. O ingresso do repórter no estabelecimento foi muito fácil, e ele sequer precisou apresentar qualquer tipo de identificação que comprovasse que era mesmo jornalista. Também nesta escola a função de vigia estava sendo exercida por um servidor bastante experiente.

 

Desde o múltiplo assassinato acontecido em Realengo, no Rio de Janeiro, a fragilidade do sistema de controle de ingresso de estranhos na escola onde aconteceu o massacre é apontada como uma das principais causas do ocorrido.

 

A situação é nova para os brasileiros, mas a comoção que está provocando pelo país afora deve resultar em medidas para melhorar o sistema de segurança do setor. Afinal, Deus é onisciente e onipresente, mas basta um pequeno descuido humano para que a desgraça aconteça.

 

Ainda esta semana, o jornal FOLHA DO SUL trará entrevista com o professor Edson Nogueira, representantes da Secretaria de Estado da Educação para comentar o caso.





Fonte: FS
Autor: Mario Quevedo

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