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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Vilhena

23/08/2011 09:14:26

Em greve, funcionários do IFRO de Colorado divulgam carta com reinvindicações

Não há dúvidas de que o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, campus Colorado do Oeste, a antiga Escola Agrotécnica Federal, é uma instituição que possui um grande valor para a sociedade regional. Foi nela que se formaram mais de mil profissionais técnicos agrícolas nesses 16 anos de história, que contribuem ativamente no desenvolvimento da agropecuária do Estado.

Atualmente, vivenciamos um movimento de expansão da Rede Federal de Ensino e um exemplo disso é o crescimento do nosso Instituto, que agora, além do Ensino Técnico oferece novos cursos em nível superior, como o de Agronomia, o de Biologia, de Tecnologia em Gestão Ambiental, de Tecnologia em Laticínios e os cursos de Ensino à Distância, o EAD. Tais ofertas de cursos são oportunidades de nossos filhos, amigos e cidadãos rondonienses de se profissionalizar com toda a qualidade que nosso Instituto sempre buscou ofertar.

Para que possamos manter a qualidade do ensino, que sempre foi a marca da Escola Agrotécnica, nesse processo intenso de expansão, é necessário que o Governo Federal propicie as condições adequadas, proporcionando um tratamento digno e respeitoso com a educação pública.

Temos enfrentado situações prejudiciais que nos levaram a tomar um posicionamento frente a essas circunstâncias, exigindo mudanças de atitudes por parte do Governo Federal.

Desde julho de 2010, estamos tentando negociar nossas reivindicações com o Governo Federal e temos sido ignorados por aqueles que tem a obrigação de dialogar e propor soluções com os trabalhadores da educação. Prova do descaso do Governo Federal para com a Qualidade da Educação, foi a notícia que recebemos no dia 16 de agosto de 2011, de que a Presidente Dilma autorizou a implantação de mais 120 Campi de Institutos Federais pelo País, mostrando mais uma vez que o importante é a quantidade de vagas ofertadas e não a qualidade dos cursos.

Por conta disso, nós servidores do Instituto de Colorado, assim como mais de 155 Campi dos Institutos Federais por todo o Brasil, decidimos pela paralisação de nossas atividades por tempo indeterminado para reivindicarmos:

 

· A destinação de 10% do PIB para a Educação pública, que atualmente é de apenas 5,1%.

· Ampliação da contratação de servidores efetivos, dentre eles professores e técnicos administrativos para acompanhar o crescimento do número de vagas dos novos cursos.

· Diminuição na terceirização e na contratação de servidores temporários, para um maior comprometimento com o processo educacional.

·  Reestruturação do Plano de Carreira docente e dos técnicos administrativos.

· Democratização das Instituições Federais de Ensino

· Direito de eleições diretas para Reitor, Diretor Geral e de coordenadores nos campi

· Orçamento participativo

· Participação do Sindicato nas principais deliberações das instituições

· Cumprimento da legislação com relação ao auxílio transporte, progressão por titulação (especialização, mestrado, doutorado) para os professores e progressão por capacitação para técnicos administrativos.

· Jornada de trabalho de 30 horas semanais para os Técnicos Administrativos de acordo com o Decreto Presidencial 1590/95 e na Portaria 1497/MEC.

· Equiparação do auxílio alimentação dos servidores da rede federal de ensino com o dos servidores do Congresso Nacional, Judiciário e Tribunal de Contas, pelo maior valor.

· Política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário-base e incorporação de gratificações.

· Reajuste emergencial de 14,67% (IPCA* + variação do PIB)

*índice oficial do Governo Federal para a medição das metas inflacionárias

· Contra a PLP 549/2009, que congela os salários dos servidores por 10 anos.

Tendo em vista todas as reivindicações, contamos com o apoio da comunidade coloradense e da região nesse processo de busca de melhoria da qualidade do ensino.





Fonte: Ifro
Autor: Reprodução

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