Manifestação em Vilhena reúne professores e alunos de duas unidades do IFRO
A greve de professores e servidores de instituições federais de ensino, que começou no Brasil no dia primeiro de agosto, chegou a Rondônia. Depois do campus de Colorado, na semana passada, foi s vez do campus Vilhena do IFRO aderir à paralisação.
Na manhã desta quarta-feira (24), com inicio as 8h30 e se estendendo durante todo o dia, professores, técnicos e alunos dos dois campi participam de manifestação na principal avenida de Vilhena.
Entre as reivindicações da categoria estão reposição salarial, melhores condições de trabalho e a contratação de novos professores e técnicos. Além disso, os grevistas querem a garantia do Governo de que um projeto de lei que está no Congresso e que prevê o congelamento por 10 anos dos salários dos servidores não seja aprovado.
De acordo com o professor de Historia do campus de Colorado, Mauro Alcântara, desde o meio do ano de 2010 vem sendo feitas tentativas de negociação das reivindicações com o Governo Federal, “mas os apelos têm sido ignorados por aqueles que têm como obrigação dialogar com os trabalhadores da educação e propor soluções ao impasses e conflitos”.
O professor disse ainda que manifestação semelhante deve acontecer amanhã na cidade de Colorado. “Contamos com o apoio dos alunos e dos pais para requerermos do governo melhorias na educação”.
Apoio que segundo o professor Claudinei Pinho, do campus Vilhena, é fundamental para que a paralisação surta efeito. Segundo o professor, a decisão de aderir a paralisação partiu dos próprios alunos. “A maioria das turmas optou pela paralisação, então fizemos uma reunião com os pais, onde o apoio foi quase unânime”, afirmou.
O professor Claudinei disse ainda que a paralisação é contra a redução de 4 para 3 anos na duração dos cursos de licenciatura. “O prejuízo é que reduziriam em alguns cursos, disciplinas necessárias para a boa formação de um profissional. Noutros, acarretaria na redução da carga horária, o que, de qualquer maneira, trará perdas para a formação”, alegou.
De acordo com Uilian Nogueira, professor do campus de Colorado, hoje haverá reunião em Brasília com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, e representantes do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), para tentar negociar a pauta de reivindicações.
Mas, caso não se chegue a um acordo, a paralisação deve continuar ate um consenso entre os servidores e o Governo.
No entanto, segundo a direção do campus de Vilhena, as aulas dos alunos matriculados no EAD serão iniciadas e acontecerão normalmente. Isso porque os pagamentos do Ensino a Distância é feito pelo ETEC e não pelo Ministério da Educação.
Fonte: FS
Autor: Rogério Perucci