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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Educação

31/07/2009 04:09:55

ACADÊMICOS DE FACULDADE À DISTÂNCIA FICAM APREENSIVOS COM BOATO

Circulou nesta semana em Vilhena o boato de que estudantes corriam o risco de serem lesados por conta do possível fechamento do Pólo Presencial Portal da Amazônia, mantido pela Farol (Faculdade de Rolim de Moura), que funciona com aulas ministradas à distância, diretamente de Palmas nas instalações da Unitins (Universidade do Tocantins).

O pólo vilhenense funciona desde março do ano passado na avenida Celso Mazutti, próximo à estação rodoviária - antes, desde 2005,  funcionaca no antigo colégio ITE. Atualmente contabiliza 268 alunos em seis cursos conferidos através de “vídeoaulas”. Segundo o boato, com o descredenciamento da Unitins pelo Ministério da Educação (MEC) para continuar oferecendo os cursos à distância, os alunos de Vilhena seriam dispensados, sem direito à devolução das mensalidades pagas – que variam de R$ 198 a R$ 240.

O MOTIVO DO BOATO – A Portaria nº 33 de 21 de julho baixada pela Secretaria de Educação à Distância do MEC determinou a instauração de processo administrativo para aplicação de penalidades contra a Unitins, que é uma entidade pública estadual de Tocantins e não poderia cobrar taxas e mensalidades de seus alunos, inclusive os dos cursos à distância.

OUTRO LADO – O www.folhadosulonline.com.br foi ao Núcleo Presencial Portal da Amazônia para ouvir sua versão acerca do boato. A reportagem foi atendida pela diretora Ana Maria Stresser. Ela procurou tranquilizar os acadêmicos, mas confirmou que Unitins vai, de fato, deixar de ministrar os cursos à distância até o final deste ano, mas que uma nova instituição de São Paulo – o nome ela não quis revelar, mas adiantou que se trata de uma das maiores do Brasil – vai dar continuidade ao trabalho, “sem qualquer prejuízo financeiro ou pedagógico aos nossos acadêmicos”.

Ana fez questão de dizer que a informação de que a Unitins estaria cobrando pelas aulas “é equivocada e produzida por concorrentes". A diretora explicou que a universidade de Tocantins disponibilizaria as instalações, incluindo os estúdios audiovisuais, mas que os professores são contratados pela empresa Sistema Educacional Eadcon, de Curitiba (PR), que atende a 140 mil alunos em todos os estados brasileiros. “São eles [o Eadcon] que emitem os boletos bancários para que os acadêmicos depositem, em seu nome, as mensalidades que custeiam o convênio firmado com a Fundação Unitins, e não com a universidade em si, que está recorrendo e apresentará sua defesa quanto ao processo administrativo sobre este caso”.

 ***

  PRESENTE EM  28 CIDADES DE RONDÔNIA – Ao fazer os esclarecimentos, a diretora Ana Maria Stresser mostrou à reportagem todas as instalações do Núcleo – biblioteca, material didático-pedagógico, laboratório de informática – e revelou que a Farol, que mantém a unidade vilhenense, é uma entidade séria e responsável, tendo como proprietário o ex-secretário de Estado da Educação Dirceu Bettiol, cujo nome é "referência na área educação em Rondônia".

Além dos dez cursos mantidos dentro do sistema convencional com o professor na sala de aula, na sede sede em Rolim de Moura, a Farol possui, na área de ensino à distância, quatro pólos como o de Vilhena, que coordenam as atividades em 28 centros acadêmicos em localidades menores, como os existentes nos outros seis municípios do Cone Sul.

“Temos um nome a zelar e, com certeza, nossos acadêmicos podem ficar absolutamente tranquilos. O ensino à distância existe para preencher uma lacuna e democratizar o ensino superior, com qualidade, e este é o nosso compromisso. Se hoje cidades pequenas como Cabixi e Pimenteiras têm acesso ao ensino superior é graças a esta modalidade que empregados. Em breve divulgaremos qual será a nossa nova parceira, no lugar da Unitins, mas por ora as aulas prosseguem sem quaisquer transtornos ou alterações em nosso trabalaho”, destacou Ana.          





Fonte: FS
Autor: Júlio Olivar

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