Médico nega que Prefeitura de Vilhena tenha dívidas com sua clínica

O médico Eduardo Molinari ligou na tarde desta segunda-feira, 27 para a redação do FOLHA DO SUL ON LINE e desmentiu que a Prefeitura de Vilhena tenha algum tipo de dívida com sua empresa, a clínica Mega Imagem, conforme denunciou a advogada Vera Paixão, que precisou pagar por uma tomografia feita no jovem Patrick Balestrin, baleado na noite de sábado.
De acordo com Molinari, quem tem débitos em atraso com a empresa é o Governo do Estado. O município, segundo o médico, usa uma cota de 30 exames por mês, mas essa quantidade é insuficiente para atender a demanda. Da cidade de Ouro Preto até Vilhena, todos os que precisam de diagnósticos por imagem são atendidos na clínica de Molinari. “Eram feitos cerca de 700 exames por mês quando havia o contrato com o Estado, mas o atendimento foi suspenso”, disse.
O médico explicou que o contrato entre sua empresa e o Governo do Estado está suspenso desde o início do mês de outubro do ano passado. Pior: ao assumir a Secretaria Estadual de Saúde, o novo titular da Pasta proibiu que fosse feito o reconhecimento de dívidas com as clínicas e outras empresas que prestam serviços ao setor.
Referindo-se especificamente ao caso denunciado por Vera Paixão, o médico garante que em nenhum momento ele foi comunicado sobre o que estava acontecendo em relação ao pedido de tomografia para Patrick. “Vendo a gravidade da situação, eu teria feito o exame na base da cortesia”, argumentou, lembrando que na mesma data em que o rapaz foi atendido no particular, quando Vera desembolsou R$ 700 pelo serviço, ele realizou procedimento similar numa paciente carente, enviada pelo Hospital Regional.
Apolítico, Molinari fez questão de defender o sistema de saúde local. “O pessoal faz o que pode, mas nem sempre é possível dar conta da demanda”, esclareceu, dizendo que um novo contrato entre a Mega Imagem e o Governo do Estado ficará pronto em dois meses. Após a regularização da situação, os exames voltarão a ser feitos normalmente. Até lá, apenas a cota de 30 tomografias da Prefeitura continuará sendo atendida. “Mas são tantos pacientes que em menos de duas semanas a cota acaba”, avisa o médico.