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25/09/2015 11:15:20

É de chorar: casal com quatro filhos especiais perde direito a casa popular em Vilhena

História comovente foi narrada pela mãe das crianças

Na manhã desta sexta-feira, o casal Elias Cruz Rodrigues, 31 anos, e Jocimara Ramos Alves, 25, esteve na redação do FOLHA DO SUL ON LINE e revelou o motivo surreal pelo qual perdeu o direito a uma das 436 casas populares construídas pela prefeitura de Vilhena com recursos do governo federal.

De acordo com a justificativa apresentada pela prefeitura para negar o benefício ao casal, a família tem renda superior ao limite estabelecido pelo programa “Minha casa minha vida”, que financiou as habitações para pessoas carentes.

O mais incrível é que Elias deixou de conquistar um teto para sua família simplesmente porque se recusou a fazer uma malandragem: sendo o único da casa com carteira assinada, ele poderia ter deixado o emprego, o que reduziria a renda e o habilitaria a receber o imóvel subsidiado. “Mas eu sei o quanto é duro sustentar cinco filhos ganhando pouco mais de mil reais por mês”.

DRAMA

Apesar de ainda jovem, o casal tem cinco filhos. Tamanha fertilidade, no entanto, veio junto com um contratempo: quatro das crianças sofrem de microcefalia. Por causa da enfermidade, elas vivem na cama, sem falar ou andar.

Conforme Jocimara, os filhos especiais têm 2, 7 e 10 anos, respectivamente, além de um bebê de apenas três meses. Somente um menino de 3anos tem a saúde normal. Por causa desta situação, a mãe não tem como trabalhar fora.

Juntando os mil reais de salário de Elias, mais a pensão da única criança deficiente paga pelo INSS, a família conta com uma renda mensal de menos de R$ 1.800. Mas esse dinheiro mal dá para alimentar todos e comprar os remédios das crianças doentes. Nem os medicamentos elas recebem do poder público.

E AGORA?

Submetido a essa situação e sem poder contratar um advogado, o casal bateu às portas da Defensoria Pública, mantendo a fé de que, pelo menos uma casa, conseguirão receber para abrigar os filhos. Neste momento, os dois estão correndo contra o tempo para que a justiça expeça ao menos uma liminar que os beneficie.

Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação